Imagine a seguinte situação: você investe muito dinheiro em algo que
vai ser bonito, funcional e revolucionário em alguns aspectos.
Aparentemente, não há nada de errado com seu produto, mas ele
simplesmente não cai no gosto do público e não vende.
Ao longo da história, diversas montadoras e fabricantes de automóveis passaram por essa situação. O irônico, no entanto, é que a maior parte destes carros, considerados fracassos de vendas quando lançados, hoje são exemplares raríssimos e extremamente cobiçados – alguns deles podendo valer dezenas de milhões de dólares.
Reunimos, portanto, cinco casos de modelos de automóveis que tinham tudo para dar certo, mas fracassaram miseravelmente em vendas quando foram colocados à disposição do público – e só foram valorizados muito tempo depois.
O Type 41 Royale foi concebido para ser o carro mais magnífico já criado – servindo para mostrar que Ettore Bugatti tinha várias qualidades, e a humildade não era uma delas.
O modelo tinha tudo que se esperava de um automóvel de luxo da época: era enorme, imponente, extremamente potente e, claro, exclusivo – apenas seis exemplares foram construídos. Isso fazia com que ele fosse extremamente caro também.
Só tinha um detalhe: ele foi lançado bem quando a Grande Depressão mexeu com a economia mundial, no comecinho da década de 30. Um dos exemplares chegou a ser vendido por apenas US$ 400 dólares, o que chega a ser absurdo para um carro que hoje vale algumas dezenas de milhões de dólares.
Em um mundo em que tudo era muito quadrado, a Chrysler ousou fazer um veículo um pouco mais arredondado e achou que o Airflow seria um grande sucesso – e, de certa forma, eles não estavam errados: o carro tinha tudo para dar certo.
O problema foi quando a concorrência resolveu espalhar boatos de que o veículo não era confiável. O público, vendo algo relativamente diferente pela primeira vez – e ainda sofrendo a ressaca da crise econômica da década de 30 –, preferiu não trocar o certo pelo duvidoso, e o Chrysler Airflow foi um fracasso, com apenas 4,6 mil unidades vendidas.
O design "diferentão" do Cord 810 era certamente inovador para a década de 30. Os faróis escamoteáveis, o capô em formato de caixão e o teto conversível, no entanto, não combinaram muito bem com o conservadorismo do público da década de 30. Sim, o carro foi também uma vítima da Grande Depressão: apenas 3 mil unidades foram vendidas ao longo de dois anos.
Saindo das crises econômicas e chegando na metade da década de 50, a BMW resolveu que queria fazer um carro que competisse com as Ferraris da época. Foi das mãos de Albrecht Goertz que nasceu a 507, tida por muitos como um dos automóveis mais bonitos da história. Elvis Presley teve uma, Pete Fountain também. Além de ser bonito, o veículo era potente (não tanto quanto uma Ferrari) e confiável.
A BMW 507 só tinha um probleminha: o preço. O carro era MUITO caro para a época. Nos Estados Unidos, um exemplar saía pelo triplo do valor do igualmente belo Corvette. O modelo mais bonito do mundo? Talvez. O fracasso mais bonito? Com certeza.
Você nunca ouviu falar do Gordon Keeble? Relaxa, uma imensa maioria também não tomou conhecimento da existência desse carro. Isso, no entanto, é uma injustiça: o automóvel foi desenhado por Giorgetto Giugiaro, tinha um motor potente, conforto e o design digno dos veículos dos filmes do James Bond.
Ao contrário dos outros carros da lista, ele não era extremamente caro – e foi justamente isso o que o vitimou. A empresa, na tentativa de não elevar muito o preço do Keeble, não conseguiu lucrar absolutamente nada com as vendas e não foi capaz de manter a produção.
Dos 99 modelos feitos, apenas 95 ainda existem – todos extremamente cobiçados e valendo muito dinheiro, como de costume.
Ao longo da história, diversas montadoras e fabricantes de automóveis passaram por essa situação. O irônico, no entanto, é que a maior parte destes carros, considerados fracassos de vendas quando lançados, hoje são exemplares raríssimos e extremamente cobiçados – alguns deles podendo valer dezenas de milhões de dólares.
Reunimos, portanto, cinco casos de modelos de automóveis que tinham tudo para dar certo, mas fracassaram miseravelmente em vendas quando foram colocados à disposição do público – e só foram valorizados muito tempo depois.
5 – Bugatti Type 41 Royale
O Type 41 Royale foi concebido para ser o carro mais magnífico já criado – servindo para mostrar que Ettore Bugatti tinha várias qualidades, e a humildade não era uma delas.
O modelo tinha tudo que se esperava de um automóvel de luxo da época: era enorme, imponente, extremamente potente e, claro, exclusivo – apenas seis exemplares foram construídos. Isso fazia com que ele fosse extremamente caro também.
Só tinha um detalhe: ele foi lançado bem quando a Grande Depressão mexeu com a economia mundial, no comecinho da década de 30. Um dos exemplares chegou a ser vendido por apenas US$ 400 dólares, o que chega a ser absurdo para um carro que hoje vale algumas dezenas de milhões de dólares.
4 – Chrysler Airflow
Em um mundo em que tudo era muito quadrado, a Chrysler ousou fazer um veículo um pouco mais arredondado e achou que o Airflow seria um grande sucesso – e, de certa forma, eles não estavam errados: o carro tinha tudo para dar certo.
O problema foi quando a concorrência resolveu espalhar boatos de que o veículo não era confiável. O público, vendo algo relativamente diferente pela primeira vez – e ainda sofrendo a ressaca da crise econômica da década de 30 –, preferiu não trocar o certo pelo duvidoso, e o Chrysler Airflow foi um fracasso, com apenas 4,6 mil unidades vendidas.
3 – Cord 810
O design "diferentão" do Cord 810 era certamente inovador para a década de 30. Os faróis escamoteáveis, o capô em formato de caixão e o teto conversível, no entanto, não combinaram muito bem com o conservadorismo do público da década de 30. Sim, o carro foi também uma vítima da Grande Depressão: apenas 3 mil unidades foram vendidas ao longo de dois anos.
2 – BMW 507
Saindo das crises econômicas e chegando na metade da década de 50, a BMW resolveu que queria fazer um carro que competisse com as Ferraris da época. Foi das mãos de Albrecht Goertz que nasceu a 507, tida por muitos como um dos automóveis mais bonitos da história. Elvis Presley teve uma, Pete Fountain também. Além de ser bonito, o veículo era potente (não tanto quanto uma Ferrari) e confiável.
A BMW 507 só tinha um probleminha: o preço. O carro era MUITO caro para a época. Nos Estados Unidos, um exemplar saía pelo triplo do valor do igualmente belo Corvette. O modelo mais bonito do mundo? Talvez. O fracasso mais bonito? Com certeza.
1 – Gordon Keeble
Você nunca ouviu falar do Gordon Keeble? Relaxa, uma imensa maioria também não tomou conhecimento da existência desse carro. Isso, no entanto, é uma injustiça: o automóvel foi desenhado por Giorgetto Giugiaro, tinha um motor potente, conforto e o design digno dos veículos dos filmes do James Bond.
Ao contrário dos outros carros da lista, ele não era extremamente caro – e foi justamente isso o que o vitimou. A empresa, na tentativa de não elevar muito o preço do Keeble, não conseguiu lucrar absolutamente nada com as vendas e não foi capaz de manter a produção.
Dos 99 modelos feitos, apenas 95 ainda existem – todos extremamente cobiçados e valendo muito dinheiro, como de costume.