Com base na observação da sociedade,
poderíamos pensar que os mais altos salários são destinados às pessoas
que exercem as principais funções sociais. Dessa forma, seria correto
esperar que profissionais responsáveis pela educação e segurança, por
exemplo, receberiam salários de causar inveja em outros profissionais,
mas nós sabemos que não é bem assim que as coisas funcionam.
Enquanto professores, policiais e bombeiros precisam lutar contra difíceis condições de trabalho e salários precários ou mesmo atrasados, gente que investiu em carreiras na internet ou no mundo do entretenimento conquistam milhares ou milhões de reais todos os meses, mesmo que tenham funções bem menos primordiais para a manutenção da estrutura social em que vivemos.
O problema da diferença de salários é uma realidade não só do Brasil, mas de todo o mundo. De acordo com alguns analistas, esse é o motivo que ajuda a desencorajar muitas pessoas de condições pobres a trabalhar duro, fazendo com que levem vidas infelizes ou mesmo criminosas. O reflexo disso é uma sociedade que não tem investimento em seus pilares básicos e sofre com qualificação em funções importantes.
Mas e se vivêssemos num mundo em que todo mundo ganhasse o mesmo salário? Imagine um cenário em que todo mundo recebe o mesmo pagamento mensalmente, independente da qualidade do trabalho prestado, das horas trabalhados e da qualidade da contribuição para a sociedade.
Nessa situação teríamos muita gente em situação de infelicidade. Quem faz trabalhos muito difíceis iria se sentir menos valorizado e quem ganha milhões hoje em dia iria ter que se adaptar num mundo em que não possuem mais uma fortuna diferenciada. Ou seja, para que mais pessoas ficassem felizes com a ideia, teria que haver um aumento na maioria dos salários.
Mas nesse novo universo, o que faríamos com o dinheiro extra conquistado pelas pessoas? Considere por exemplo que você administra um pequeno negócio de sucesso com alguns funcionários. Como você está tendo sucesso com os clientes, você está conseguindo conquistar muito mais dinheiro do que precisa para pagar todos os seus trabalhadores. Porém, se você dividir o lucro com todos, eles já estariam ganhando mais do que outras pessoas, desrespeitando a nossa nova regra. Além disso, você não pode ficar com o dinheiro pelo mesmo motivo. Então o que deveria ser feito?
Esse dinheiro precisa ir para algum lugar, então precisamos imaginar uma solução. Ainda que gerasse protestos entre empresários, o dinheiro extra poderia ser destinado ao governo. Nesse contexto, ninguém precisaria pagar impostos e os lucros das empresas seriam pagos ao governo para que programas sociais de sucesso fossem criados. Dessa forma, poderia haver investimento em setores de educação, saúde, segurança e infraestrutura, por exemplo.
O problema é que, num sistema em que todos ganham a mesma coisa, muitos trabalhadores poderiam perder a motivação. Com programas sociais de qualidade e uma infraestrutura pública funcionando, as pessoas poderiam não precisar de trabalhar. Sem o incentivo financeiro, não seria fácil manter a vontade de trabalhar na maioria das pessoas, que poderiam escolher faltar, entrar de greve ou nem mesmo ter um emprego. Dessa forma, seria preciso punir trabalhadores que escolhessem não produzir.
Além disso, o capitalismo depende de empréstimos, investimentos, riscos financeiros e decisões que acabam gerando lucro de alguma forma, o que desaparece numa sociedade de salário universal. Como ainda seria preciso contar com investimentos para manter o crescimento econômico, o governo deveria ser responsável por financiamentos e distribuição financeira. O papel de escolher onde colocar o dinheiro ficaria nas mãos dos políticos.
Com todos esses aspectos, você poderia pensar que estamos falando de um estado totalitário, pois é exatamente isso que o contexto representa. Na verdade, a ideia já foi aplicada antes. durante a Revolução Russa, o governo decidiu que todos os trabalhadores do país iriam receber 500 rublos, mas o sistema foi abandonado quase imediatamente depois que começou a funcionar. Isso porque, nesses cenários, é muito fácil que a corrupção se desenvolva, políticos sejam presos, trabalhadores passem fome e a sociedade entre num cenário caótico.
Por conta disso, esforços radicais para uma distribuição mais igualitária de renda não iriam funcionar. Porém, da mesma forma nós podemos afirmar que a má distribuição de renda, em que uma pequena minoria controla a maioria do dinheiro, também não é positiva.
Em 2013, o governo da Suíça criou uma proposta de criar um teto salarial. Nesse cenário, os CEOs das empresas poderiam ganhar somente 12 vezes mais do que os trabalhadores com os menores salários da empresa. Dessa forma, ninguém poderia ganhar, por mês, mais do que alguém poderia ganhar por ano. Apesar da interessante sugestão, a população rejeitou a proposta, considerando que quando existe um teto limitando a renda, não existe motivação para crescimento.
E aí, o que achou da proposta do cenário? Deu pra perceber que apesar da revolta que temos com a desigualdade, colocar todos num mesmo patamar pode atrapalhar a sociedade da mesma forma. Sendo assim, só nos resta esperar que os governos criem soluções eficientes para diminuir as gigantes diferenças de renda e condições de vida de trabalhadores de diferentes áreas.
Enquanto professores, policiais e bombeiros precisam lutar contra difíceis condições de trabalho e salários precários ou mesmo atrasados, gente que investiu em carreiras na internet ou no mundo do entretenimento conquistam milhares ou milhões de reais todos os meses, mesmo que tenham funções bem menos primordiais para a manutenção da estrutura social em que vivemos.
O problema da diferença de salários é uma realidade não só do Brasil, mas de todo o mundo. De acordo com alguns analistas, esse é o motivo que ajuda a desencorajar muitas pessoas de condições pobres a trabalhar duro, fazendo com que levem vidas infelizes ou mesmo criminosas. O reflexo disso é uma sociedade que não tem investimento em seus pilares básicos e sofre com qualificação em funções importantes.
Mas e se vivêssemos num mundo em que todo mundo ganhasse o mesmo salário? Imagine um cenário em que todo mundo recebe o mesmo pagamento mensalmente, independente da qualidade do trabalho prestado, das horas trabalhados e da qualidade da contribuição para a sociedade.
Nessa situação teríamos muita gente em situação de infelicidade. Quem faz trabalhos muito difíceis iria se sentir menos valorizado e quem ganha milhões hoje em dia iria ter que se adaptar num mundo em que não possuem mais uma fortuna diferenciada. Ou seja, para que mais pessoas ficassem felizes com a ideia, teria que haver um aumento na maioria dos salários.
Mas nesse novo universo, o que faríamos com o dinheiro extra conquistado pelas pessoas? Considere por exemplo que você administra um pequeno negócio de sucesso com alguns funcionários. Como você está tendo sucesso com os clientes, você está conseguindo conquistar muito mais dinheiro do que precisa para pagar todos os seus trabalhadores. Porém, se você dividir o lucro com todos, eles já estariam ganhando mais do que outras pessoas, desrespeitando a nossa nova regra. Além disso, você não pode ficar com o dinheiro pelo mesmo motivo. Então o que deveria ser feito?
Esse dinheiro precisa ir para algum lugar, então precisamos imaginar uma solução. Ainda que gerasse protestos entre empresários, o dinheiro extra poderia ser destinado ao governo. Nesse contexto, ninguém precisaria pagar impostos e os lucros das empresas seriam pagos ao governo para que programas sociais de sucesso fossem criados. Dessa forma, poderia haver investimento em setores de educação, saúde, segurança e infraestrutura, por exemplo.
O problema é que, num sistema em que todos ganham a mesma coisa, muitos trabalhadores poderiam perder a motivação. Com programas sociais de qualidade e uma infraestrutura pública funcionando, as pessoas poderiam não precisar de trabalhar. Sem o incentivo financeiro, não seria fácil manter a vontade de trabalhar na maioria das pessoas, que poderiam escolher faltar, entrar de greve ou nem mesmo ter um emprego. Dessa forma, seria preciso punir trabalhadores que escolhessem não produzir.
Além disso, o capitalismo depende de empréstimos, investimentos, riscos financeiros e decisões que acabam gerando lucro de alguma forma, o que desaparece numa sociedade de salário universal. Como ainda seria preciso contar com investimentos para manter o crescimento econômico, o governo deveria ser responsável por financiamentos e distribuição financeira. O papel de escolher onde colocar o dinheiro ficaria nas mãos dos políticos.
Com todos esses aspectos, você poderia pensar que estamos falando de um estado totalitário, pois é exatamente isso que o contexto representa. Na verdade, a ideia já foi aplicada antes. durante a Revolução Russa, o governo decidiu que todos os trabalhadores do país iriam receber 500 rublos, mas o sistema foi abandonado quase imediatamente depois que começou a funcionar. Isso porque, nesses cenários, é muito fácil que a corrupção se desenvolva, políticos sejam presos, trabalhadores passem fome e a sociedade entre num cenário caótico.
Por conta disso, esforços radicais para uma distribuição mais igualitária de renda não iriam funcionar. Porém, da mesma forma nós podemos afirmar que a má distribuição de renda, em que uma pequena minoria controla a maioria do dinheiro, também não é positiva.
Em 2013, o governo da Suíça criou uma proposta de criar um teto salarial. Nesse cenário, os CEOs das empresas poderiam ganhar somente 12 vezes mais do que os trabalhadores com os menores salários da empresa. Dessa forma, ninguém poderia ganhar, por mês, mais do que alguém poderia ganhar por ano. Apesar da interessante sugestão, a população rejeitou a proposta, considerando que quando existe um teto limitando a renda, não existe motivação para crescimento.
E aí, o que achou da proposta do cenário? Deu pra perceber que apesar da revolta que temos com a desigualdade, colocar todos num mesmo patamar pode atrapalhar a sociedade da mesma forma. Sendo assim, só nos resta esperar que os governos criem soluções eficientes para diminuir as gigantes diferenças de renda e condições de vida de trabalhadores de diferentes áreas.
Fonte(s) How Stuff Works