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Conforme o próprio médico, ele desenvolveu a receita do soro quando ainda servia o exército americano. Ele era da área de saúde e foi enviado à cidade de Bangladesh, onde havia se instalado uma epidemia de cólera.
Hirschhorn disse que um dos grandes efeitos colaterais da doença – responsável pela morte de muitas crianças até então – era a desidratação grave, devido à forte diarreia que os enfermos apresentavam. Os pacientes perdiam, dessa forma, uma quantidade muito grande de água e sais minerais.
A solução que muitos outros pesquisadores buscavam, nesse período, era uma fórmula que reidratasse e que pudesse ser administrada oralmente. A partir dessas premissas, e baseado nos estudos de dois colegas, Hirschhorn chegou até ao soro caseiro que conhecemos hoje.
Conforme contou o médico em entrevista à BBC, a simplicidade da solução foi uma barreira, durante muito tempo, na hora de convencer os pediatras da eficácia do remédio. O que os especialistas não compreendiam é que a medida correta entre o sal e o açúcar era o grande segredo da fórmula e o motivo verdadeiro por seus resultados positivos.
Hirschhorn disse que, ao poucos, as pessoas foram percebendo os benefícios que o remédio caseiro trazia e que muitos puderam sobreviver à desidratação severa por ingerirem a mistura. Com um tratamento simples, em pouco mais de quatro horas, os enfermos – mesmo os mais graves – já estavam fora do risco de morte.