O garoto que você vê na foto de destaque se chamava George Stinney Jr
e tinha 14 anos de idade quando foi executado, na Carolina do Sul, nos
Estados Unidos, ao ser considerado culpado pela morte de duas garotas
brancas, há 70 anos. Ele foi considerado o mais jovem preso do século 20
a ser morto no país.
Décadas de silêncio sobre esse caso desesperador, uma juíza americana Carmen T. Mullen classificou o julgamento do adolescente como “uma grande injustiça” e então reabriu o caso. Segundo ela, a polícia não poderia ter levado em consideração a confissão do menino, já que seu depoimento foi feito sem a presença dos pais e de um advogado.
Além disso, o menino foi tirado de casa à força, quando seu pais estavam trabalhando. Ele e seu irmão mais velho, Johnnie, foram algemados e acusados do crime por terem sido os últimos a serem vistos com as vítimas (Betty June Binnicker, de 11 anos, e Mary Emma Thames, de 8) ainda vivas. Os corpos, aliás, foram encontrados feridos e já sem vida em um pedaço de trilhos de trem.
Depois que George confessou o assassinato, dizendo que queria ter relações com a menina mais velha, seu irmão foi solto e ele, julgado. O adolescentes, então, foi condenado à morte na cadeira elétrica no dia 24 de abril e executado no dia 16 de junho daquele mesmo ano. Ele era tão pequeno para o instrumento de execução que precisou ser colocados sobre livros para que sua cabeça tocasse a parte superior da cadeira elétrica.
Conforme a juíza Mullen, responsável pela a reavaliação do caso, não é possível dizer que o julgamento foi incorreto, mas que houve inúmeras falhas no processo, como as apontadas até aqui. Outro detalhe assustador sobre essa história, segundo ela, é que o menino foi julgado por um júri completamente formado por pessoas brancas, em meio a um período de separação racial no país; e seu advogado não moveu uma palha para defendê-lo frente à declaração da pena, mesmo com a clara falta de provas que existiam contra o garoto.
O álibi do garoto também nunca foi levado em consideração: sua irmã, Amie Ruffner – hoje com 77 anos – , de quem a justiça nunca havia escutado um só depoimento até dezembro de 2014, quando a juíza a convocou para esclarecimentos. Na época, a irmã estava na casa, junto com Giorge e o irmão mais velho, mas correu para se esconder no quintal por ter se assustado com a polícia invadindo sua casa.
Outro depoimentos também foram ouvidos recentemente, inclusive o de uma testemunha que participou das buscas aos corpos e especialistas que apontaram falhas no interrogatório do adolescente. Um psiquiatra forense infantil afirmou que a confissão de Stinney não poderia ter sido levada em conta perante às circunstâncias (praticamente de coação) nas quais ele precisou confessar o crime.
Embora o condenação de Giorgio já tenha sido revogada, depois de 7 décadas de sua morte, a família do então adolescente ainda não se sente satisfeita. Eles pedem um “coram nobis“, que significa que a justiça errou no julgamento; e não um perdão, “já que perdão é dado por algo feito”, como disse Norma Robinson, uma das sobrinhas de Giorgio.
[FONTE]
Décadas de silêncio sobre esse caso desesperador, uma juíza americana Carmen T. Mullen classificou o julgamento do adolescente como “uma grande injustiça” e então reabriu o caso. Segundo ela, a polícia não poderia ter levado em consideração a confissão do menino, já que seu depoimento foi feito sem a presença dos pais e de um advogado.
Além disso, o menino foi tirado de casa à força, quando seu pais estavam trabalhando. Ele e seu irmão mais velho, Johnnie, foram algemados e acusados do crime por terem sido os últimos a serem vistos com as vítimas (Betty June Binnicker, de 11 anos, e Mary Emma Thames, de 8) ainda vivas. Os corpos, aliás, foram encontrados feridos e já sem vida em um pedaço de trilhos de trem.
Depois que George confessou o assassinato, dizendo que queria ter relações com a menina mais velha, seu irmão foi solto e ele, julgado. O adolescentes, então, foi condenado à morte na cadeira elétrica no dia 24 de abril e executado no dia 16 de junho daquele mesmo ano. Ele era tão pequeno para o instrumento de execução que precisou ser colocados sobre livros para que sua cabeça tocasse a parte superior da cadeira elétrica.
Conforme a juíza Mullen, responsável pela a reavaliação do caso, não é possível dizer que o julgamento foi incorreto, mas que houve inúmeras falhas no processo, como as apontadas até aqui. Outro detalhe assustador sobre essa história, segundo ela, é que o menino foi julgado por um júri completamente formado por pessoas brancas, em meio a um período de separação racial no país; e seu advogado não moveu uma palha para defendê-lo frente à declaração da pena, mesmo com a clara falta de provas que existiam contra o garoto.
O álibi do garoto também nunca foi levado em consideração: sua irmã, Amie Ruffner – hoje com 77 anos – , de quem a justiça nunca havia escutado um só depoimento até dezembro de 2014, quando a juíza a convocou para esclarecimentos. Na época, a irmã estava na casa, junto com Giorge e o irmão mais velho, mas correu para se esconder no quintal por ter se assustado com a polícia invadindo sua casa.
Outro depoimentos também foram ouvidos recentemente, inclusive o de uma testemunha que participou das buscas aos corpos e especialistas que apontaram falhas no interrogatório do adolescente. Um psiquiatra forense infantil afirmou que a confissão de Stinney não poderia ter sido levada em conta perante às circunstâncias (praticamente de coação) nas quais ele precisou confessar o crime.
Embora o condenação de Giorgio já tenha sido revogada, depois de 7 décadas de sua morte, a família do então adolescente ainda não se sente satisfeita. Eles pedem um “coram nobis“, que significa que a justiça errou no julgamento; e não um perdão, “já que perdão é dado por algo feito”, como disse Norma Robinson, uma das sobrinhas de Giorgio.
[FONTE]