De acordo com a lenda veneziana,
quando um homem ruim morre, ele acorda em Poveglia. A ilha, localizada
ao sul de Veneza, é conhecida como um dos lugares mais mal-assombrados
do mundo. Acredita-se que haja 160.000 corpos enterrados lá: de vítimas
de praga a leprosos e pacientes psiquiátricos. Em meados de 1920, a ilha
se tornou um hospital e centro psiquiátrico, onde o diretor praticava
crueldades e métodos não-convencionais até cometer suicídio, ao jogar-se
da maior torre de sino que havia por perto. Anos atrás, o local foi
visitado pela equipe da série "Ghost Adventures", que passou por
dificuldades técnicas com seu equipamento e ouviu vozes. Mas a ilha foi
vendida recentemente e está passando por reformas. Os novos planos ainda
não foram divulgados, mas há boatos de que um hotel será construído.
Toniná, México
Toniná entrou para a história como o
local da última data gravada no calendário maia: 15 de janeiro de 909.
Em 1808, exploradores espanhóis voltaram ao então centro de atividade
maia para encontrá-lo inabitado. Ao que parece, o local, tomado pela
floresta, foi simplesmente abandonado. Até hoje ninguém sabe por quê.
Atualmente, o local arqueológico em Chiapas é uma atração turística por
possuir a maior pirâmide do México. Cheia de labirintos escondidos e
templos, Toniná é um destino perfeito para os curiosos que quiserem
tentar desvendar o mistério milenar.
Vale dos Reis, Egito
No decorrer dos tempos, uma das
histórias de terror mais persistentes é a da maldição do faraó
Tutankamon. O menino-rei morreu em 1327 A.C. e foi enterrado em um
sarcófago dourado. Três mil anos depois, Howard Carter, um inglês com um
grande interesse no Egito, escavou sua tumba e a encontrou muito
preservada. Há a lenda de que quem perturbasse a tumba seria
amaldiçoado, mas Carter não ligou e continuou sua exploração. Assim que a
tumba de Tutankamon foi aberta, uma cobra apareceu na casa de Carter e
matou seu canário de estimação. Quatro meses depois, o maior investidor
nas pesquisas de Carter morreu em decorrência de uma picada de mosquito.
Nos anos seguintes, 27 pessoas associadas à escavação morreram,
incluindo Hugh Evelyn-White, uma das primeiras pessoas a entrar na
tumba, que cometeu suicídio. Supostamente, a maldição só vai acabar
quando todos os tesouros do faraó forem devolvidos à tumba. Por
enquanto, você pode ir visitá-la, se tiver coragem.
Yeun Elez, França
Diz a lenda que esse rio em
Bretanha, na França, leva diretamente para o inferno. Lá, padres
exorcistas afundavam os condenados no pântano em séculos passados.
Infelizmente, hoje a tecnologia moderna interferiu em qualquer aspecto
medonho do tal 'caminho para o inferno'. De qualquer jeito, ainda é um
lugar bacana para fazer caminhadas.
Tiffauges, França
Um dos assassinos mais horripilantes
da história, Gilles de Rais morava em Tiffauges. O nobre jovem, que foi
condenado por uma série de assassinatos de crianças e outros crimes
estranhos, lutou ao lado de Joana D'arc na Guerra dos 100 anos. Sua casa
permanece em pé e de portas abertas para os visitantes fazerem um tour e
presenciar o local das mortes.
Mausoléu de Gur-Emir, Uzbequistão
"Quando eu voltar dos mortos, o
mundo deve tremer", está escrito na tumba de Timur. O feroz conquistador
turco-mongoliano fez sua jornada das montanhas do Himalaya até a
Turquia e matou por volta de 17 milhões de pessoas no caminho. Em 22 de
junho de 1941, sua tumba, no mausoléu de Gur Emir, foi reaberta e o
corpo de Timur foi retirado para ser estudado. Horas depois, a Alemanha
iniciou um ataque contra a União Soviética. Reza a lenda que o motivo
foi exatamente a maldição de Timur. Hoje o mausoléu está aberto para
visitantes que queiram não só visitar a tumba amaldiçoada do
conquistador, mas também admirar sua impressionante arquitetura.
Houtman Abrolhos, Austrália
Em 1629, o Java, navio que estava
em rota para Batavia, encalhou em uma das ilhas de Abrolhos com 320
pessoas a bordo. Uma parte dos marinheiros se afogou tentando chegar até
a praia, mas os que conseguiram se safar tornaram-se parte de um conto
medonho. O capitão e uma equipe de 40 pessoas partiram em um barco a
remo para buscar ajuda, enquanto o sub-capitão Jeronimus Cornelisz ficou
no comando. Uma péssima decisão, visto que ele se tornaria um assassino
alucinado. Cornelisz convenceu o resto da equipe que ainda estava no
navio de que seria impossível alimentar todos na ilha, e criou, então,
um método para eliminá-los: mandou alguns homens para colônias ao redor
da ilha sem acesso à água. Os demais, ele simplesmente afogou. A equipe
de 40 pessoas voltou dois meses depois para encontrar praticamente todos
mortos. Cornelisz foi, então, enforcado, junto com seis de seus
seguidores. Mas essa não foi a única tragédia por lá. Em 1761, um
naufrágio deixou 160 escravos abandonados em uma ilha diferente do
arquipélago: quando a ajuda veio, 15 anos depois, apenas oito estavam
vivos. Um século depois disso, outro navio, Zeewijk, naufragou, deixando
26 mortos.Mas parece que o destino do arquipélago mudou. Hoje, é um
ponto turístico para mergulhadores e amantes de praias intocadas.
Aokigahara, Japão
A "Floresta do Suicídio" é o segundo
lugar onde mais pessoas se matam no mundo, logo depois da ponte Golden
Gate, em San Francisco. Todos os anos, cerca de 100 pessoas entram na
imensidão de árvores na base do Monte Fuji e nunca mais saem de lá. A
floresta é conhecida como um lugar de mortes desde o século 19, quando
pessoas vagavam por ela até morrerem de fome, uma prática conhecida como
Ubasute. Aparentemente, é fácil se perder por lá: bússolas ficam
desorientadas, GPSs começam a falhar e a comunicação por celular é
impossível. Isso por causa da mudança no campo magnético da terra ou por
causa de uma madição antiga? Por enquanto, não há explicação. Se uma
visita for de seu interesse, planeje ir depois da varredura de corpos
para não encontrar nenhuma surpresinha.
Stull, Kansas, EUA
Os portões do inferno ficam em um
cemitério no Kansas. Enterrado nele está uma bruxa por quem o diabo se
apaixonou e, por isso, ele vai até lá frequentemente para chamar sua
atenção. No entanto, visitantes de diversos lugares relataram algo ainda
mais sinistro ao chegar no local à noite: eles foram tocados por
criaturas invisíveis, arremessados ao chão e ouviram lamentos
incessantes. O portal secreto para o inferno aparentemente só abre no
Dia das Bruxas e no equinócio de primavera, então planeje sua visita
levanto esses fatos em consideração.
Adams, Tennessee, EUA
O ex-presidente dos Estados Unidos
Andrew Jackson foi um dos milhares que, ao longo da história,
tornaram-se fascinados pela bruxa de Adams, mas ele jurou nunca mais
voltar ao lugar que ela assombra. Vizinha da família Bell, a bruxa, Kate
Batts, acreditava ter sido traída pelo Sr. Bell em uma disputa de terra
e, em seu leito de morte, jurou assombrar ele e seus descendentes.
Entre 1817 e 1821, um espírito rondou pela casa: havia barulhos vindos
das paredes, animais invisíveis que arranhavam a roupa de cama e a
mobília e uma voz humana estranha, que chamava pelos integrantes da
família. Se um dia passar por Adams, é possível visitar o local que a
Bruxa de Bell assombrava. A casa não existe mais, mas é permitido entrar
em uma réplica, com um celeiro, que dizem ainda serem alvos da bruxa.
Pine Barrens, Nova Jersey, EUA
Pine Barrens, Nova Jersey, EUA O
demônio de Jersey - uma mistura de canguru, morcego e cabra, com cauda e
garras - tem aterrorizado visitantes na floresta desde 1735. Diz a
lenda que alguns minutos depois de nascer, a indesejada 13ª criança de
uma família começou a se transformar em algo sinistro. Ele aterrorizou
sua mãe antes de correr para a floresta, onde vive até hoje. A história é
contada para crianças para ensiná-las a ficar longe das matas. Na
cidade de Pine Barrens, alguns rastros do monstro ainda são reportados
por motoristas que dirigem pela estrada que corta a floresta. Os
visitantes podem acampar na mata e esperar que o demônio de Jersey
apareça.
Amityville, Nova York, EUA
Durante quatro semanas em 1975, a
família Lutz foi aterrorizada por uma música que vinha da adega, enxames
de moscas, vozes na casa, passos por todos os lados, cheiros estranhos e
ruídos vindos das paredes. O "espírito" que assombra a casa já havia
agido em 1974. Ronald DeFeo Jr., um antigo morador, matou seus pais e
quatro irmãos, e explicou mais tarde que as vozes da casa o obrigaram a
cometer os crimes. A casa é hoje uma residência privada, mas é possível
conhecê-la.
Eilean Mor, Escócia
Em 15 de dezembro de 1900, um barco
que ia para Edimburgo reportou algo estranho: o farol de Eilean Mor não
estava aceso. No dia 26 de dezembro, um barco finalmente chegou à ilha
remota para investigar. Tudo estava deserto no farol e os trabalhadores
não estavam lá. Nas anotações de 12 de dezembro, um assistente mencionou
ventos muito fortes e o fato de o chefe ter permanecido muito quieto.
No dia seguinte, as anotações informavam que a tempestade tinha
continuado e que três homens foram vistos fazendo orações. Os registros
param por aí. O mais estranho é que os tripulantes do navio reportaram
um tempo calmo nesses mesmos dias. Até hoje, ninguém sabe do paradeiro
dos trabalhadores, mas as ilhas Flannan estão abertas para visitantes
que queiram resolver o mistério.